quinta-feira, 5 de março de 2009

A crise de muitos é para poucos: Em lugar de olé, sangria

O sistema de seguridade social espanhol vai muito além de aparato da burocracia social-democrática européia. É somente à luz de interpretações sócio-econômicas profundamente enraizadas no cotidiano do homem-comum e suas preferências (Estrella Damn, torada, pingue pongue de rua y el Barça) que se pode tangenciar os aspectos vários de sua dimensão mais profunda.

A filosofia que emana do monótono (i.e., parados, uní-vos!) era privilégio de 3 em cada 5 catalães antes das o(O)limpíadas de 92 (sim, Freddie e Montserrat). E agora beira novamente recordes olímpicos (cola = fila).

E é do homem(mulher) comum, daquela senhora de bigode no Callejeros, programa ao gosto do Caco Barcellos, que mostrou hoje como o espanhol chega ao fim dos meses nesses meses de crise, que nos vem a síntese de como se sente nesse exato momento o pueblo español: "Muy jodidos!"

O que, numa síntese imagético-social desprovida de sarcasmo ou segundas intenções, traduz-se simplesmente como a época em que o olé deu lugar a sangria.

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